Sábado, dia 2 de fevereiro, uma equipe da Fundação Hemominas vem a Barbacena para cadastrar possíveis doadores de medula óssea. Para participar o candidato a doador deve ter entre 18 e 54 anos e boa saúde. O atendimento será feito pela portaria três do hospital, a partir das 9h.
Os dados dos candidatos são reunidos em um cadastro nacional. As chances de se encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras, podendo chegar a uma em 100 mil. “É por isso que quanto mais gente se cadastrar mais chances surgem para pessoas que dependem do transplante para se recuperar”, explica a Assistente Social do Hospital Ibiapaba-CEBAMS, Eloyna Marcenes.
O transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia, através de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Quem se dispõe a doar a medula óssea ao ser considerado compatível, tira do risco de morte pacientes com doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode ser indicado, como no caso do estudante Eduílio Vinícius Barbosa, da cidade de Capela Nova e que faz tratamento de Leucemia Linfoblástica Aguda, no setor de Quimioterapia do Hospital Ibiapaba-CEBAMS. Ele espera por um doador compatível e corre contra o tempo. “Depois do diagnóstico, tive um período de recuperação, mas agora minha única chance é o transplante”, relata Eduílio, que mesmo com tantas dificuldades compartilha com a mãe, Laura Gonçalves, a esperança de conseguir um doador compatível. “Quero voltar a estudar e trabalhar”, planeja ele, enquanto passa por mais um período de internação em Barbacena. Segundo, o hematologista Marcelo Dias de Castro, o transplante pode ser feito em Belo Horizonte e Juiz de Fora e aumenta bastante o prognóstico de sobrevida e mesmo de cura dos pacientes.
Campanha de coleta de sangue – No último final de semana, a Fundação Hemominas, por meio do Hemocentro de Juiz de Fora, realizou em Barbacena mais uma campanha de coleta de sangue. Segundo informações da equipe Hospital Ibiapaba-Cebams, que deu suporte à campanha, cerca de 400 pessoas se apresentaram no SESI para a doação. Ao final dos dois dias de doação foram colhidas 252 bolsas. Segundo a psicóloga hospitalar Elayne Muniz, a meta estabelecida foi atingida, ainda que nem todos que se apresentam consigam doar. “Como todos sabem, existe uma limitação técnica na capacidade de coleta e encaminhamento do sangue. Mas só o ato de se apresentar já é uma ação de solidariedade e por isso, as pessoas devem comparecer sempre!”, afirma a psicóloga.
O estudante Eduílio aguarda um doador compatível para a realização do transplante