Doação de órgãos: precisamos falar sobre isso!

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O tema é tão polêmico quanto necessário. O dia 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi instituído no ano de 2007, pela Lei nº 11.584, com o objetivo de estimular a conscientização da sociedade sobre a importância da habilitação de doadores e do próprio ato da doação. A campanha que é identificada atualmente como “Setembro Verde”, busca que o tema seja levado para a sociedade em geral.

Trata-se ainda de um tema polêmico e de difícil entendimento, que resulta em um alto índice de recusa familiar, fato que não ocorre só no Brasil. Segundo pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a incompreensão da morte encefálica, a falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e motivos religiosos são os principais fatores dessa recusa.

A legislação em vigor determina que a família seja responsável pela decisão de doar ou não os órgãos de seu ente falecido.

No caso de doador vivo, a pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. Para a doação entre pessoas não aparentadas é exigida autorização judicial prévia. Entre vivos podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões. Segundo a página do Ministério da Saúde, os potenciais doadores não vivos são pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitivo.

Hospital Ibiapaba CEBAMS participa da campanha

Ainda que não realize transplantes, o Hospital Ibiapaba CEBAMS faz parte da rede de hospitais em contato permanente com a Central Estadual de Transplantes, também conhecida como “MG Transplantes,” ligada à Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo dados colhidos até 2024, quase 44 mil pessoas aguardam na fila por um órgão em todo o Brasil. Em Minas Gerais, esse número chega a quase 4 mil. Um dessas pessoas foi Franciele Lourenço Siqueira, de Barbacena, que em 2018 conseguiu realizar um transplante de rins de doador com morte encefálica. Ela relata o drama do diagnóstico, da espera por um doador compatível e a alegria de ter um desfecho positivo.

Para a Assistente Social do Hospital Ibiapaba CEBAMS, Adeniceia Siqueira Costa, a campanha do Setembro Verde é fundamental para que se discuta o tema e, principalmente, que todos saibam como proceder, tanto quando o indivíduo manifesta a vontade de ser doador, quanto às famílias que eventualmente devem decidir se permitirão ou não a retirada de órgãos de seus entes queridos. “Em muitos casos esta decisão se dá em meio ao luto e à sensação de perda, mas é preciso ter conhecimento e empatia, para que aconteça de forma positiva para ambas as partes,” diz Adeniceia.

Assista o video:

https://www.instagram.com/p/DPE6i7BD4A1

A comerciante Franciele Renata Lourenço Siqueira, transplantada em 2018

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