O diagnóstico, na medicina em geral, é o grande desario, na abordagem do paciente.
Idealmente, o diagnóstico médico deverá estar fundamentado nos níveis sindrômico, anatômico e etiológico.
No âmbito da Cardiologia, a possibilidade da realização do diagnóstico etiomorfofuncional, objetivo, precoce e quantitativo, é uma realidade efetiva.
Os sinais e sintomas das cardiopatias, quando adequadamente rastreadas e interpretados, possibilitam a efetivação do diagnóstico, rapidamebnte e com segurança.
Portanto, é o sopro de Austin-Flint selando o diagnóstico de Insuficiência Aórtica Crônica grave. É o estalido de abertura mitral, muito próximo da segunda bulha cardíaca, selando o diagnóstico de gravidade evolutiva da Estenose Mitral. Também, é a evidência da manobra de Dressler, nas impulsões sistólicas da borda esternal média esquerda (BEEM), configurando o diagnóstico semiológico de Ventriculoamegalia direita importante. Ademais, a ausculta do desdobramento paradoxal da segunda bulha cardíaca, no foco aórtico, enseja o diagnóstico de bloqueio de ramo esquerdo pela ausculta cardíaca.
Devem ser considerados, ainda, os outros recursos diagnósticos, tanto gráficos quanto imaginológicos, que atuam contribuindo, decisivamente, para o reconhecimento diagnóstico e de prognóstico de várias cardiopatias.
Sem embargo, o eletrocardiograma de repouso tem o condão de fechar o diagnóstico de quadro de IAM com supradesnivelamento do segmento ST.
O estado clínico e hemodinâmico de quadro de insuficiência ventricular esquerda pode ser objetivamente reconhecido, através do estudo radiológico de tórax.
A ressonância nuclear magnética é um método profedêutico que tem evidenciado, com segurança, a presença de miocardite Aguda, em paciente com Dengue.
O estudo ecodopplercardiográfico é o método propedêutico mais utilizado, na atualidade, para efetivar o diagnóstico morfofuncional das cardiopatias.
Portanto, o diagnóstico, também, é um desafio na prática cardiológica, mas cada vez mais suavizado em face aos crescentes e abrangentes recursos oferecidos pela especialidade, no contexto da medicina moderna.
Ariane Laura Matos Martins – Residente (R1)
Francisco Muniz Neto – Preceptor
Marceli Faraj – Preceptora
Marcílio Faraj – Preceptor
Residência Médica de Cardiologia/MEC – Hospital Ibiapaba/CEBAMS – Barbacena – MG