SCIH – competência em controle de infecção hospitalar
As infecções hospitalares são aquelas adquiridas no hospital durante o período de internação e que não estavam presentes ou em incubação na admissão do paciente na instituição. As infecções hospitalares podem se manifestar em alguns casos até mesmo depois da alta, quando relacionadas a procedimentos invasivos, como cirurgias, causadas por micro-organismos como fungos, bactérias e vírus oriundas do ambiente hospitalar, de outros ambientes ou até mesmo do próprio organismo humano.
Para que haja uma infecção é necessário a interação entre microrganismo, a fonte de transmissão e o hospedeiro. Isso significa que para que haja a infecção, essa interação terá que depender da quantidade de microrganismos que chegará ao indivíduo, da capacidade deste microrganismo de causar infecção e da imunidade do indivíduo.
A principal forma de transmissão de microrganismos é através do contato direto da fonte e indivíduo suscetível. Esse contato ocorre principalmente através das mãos. Alimentos, água e até mesmo o ar contaminados também podem ser fonte destes microrganismos.
Diante desta realidade, exitem riscos relacionados à aquisição destas infecções, que podem estar relacionadas ao cuidado prestado, à organização e à condição clínica do paciente .
O Hospital Ibiapaba/CEBAMS conta com uma equipe especializada do Serviço de Controle de Infecção, composta por médico, enfermeira e assistente administrativo, que elaboram e coordenam o Programa de Prevenção e Controle de Infecção, com o objetivo de prevenir e controlar as infecções hospitalares, bem como garantir assim a segurança dos pacientes.
O serviço é responsável pela implementação, treinamento e adesão dos profissionais de saúde às medidas de prevenção que reduzem os riscos de aquisição de infecção hospitalar. Dentre estas medidas podemos citar a realização da higiene das mãos – através do uso do gel alcoólico ou lavagem das mãos com água e sabão -, conforme recomendado pela Anvisa nos “Meus cinco momentos da higienização das mãos”, uso de luvas, avental e máscara sempre que indicado, uso de técnica asséptica na realização de procedimentos, a limpeza do ambiente, a implementação dos bundles e o uso racional dos antimicrobianos.
Além disso, o hospital conta com uma estrutura física voltada para redução de riscos organizações, com pias, papel toalha e dispenser com sabonete líquido acessíveis, além de disponibilizar gel alcoólico em todos os quartos para que os profissionais, acompanhantes e visitantes realizem a higiene das mãos. Podemos citar ainda, a disponibilização de luvas, aventais e máscaras disponíveis para todos os profissionais.
Os cuidados com o sistema hidráulico do hospital, por meio de análises periódicas da qualidade da água, cloração adequada e limpeza dos reservatórios, também auxiliam a reduzir o risco.
Outras ações fomentadas pelo SCIH que merecem destaque são: a validação do serviço para aquisição de materiais e produtos médico-hospitalares e saneantes, seguindo as recomendações técnicas e normas nacionais e internacionais, o uso das medidas de precaução padrão e isolamento e a vigilância pós-alta em pacientes que realizaram cirurgias (cesáreas, colecistectomia, cirurgias por vídeo, cirurgias cardíacas, neurológicas,ortopédicas e de mastologia) para acompanhamento da evolução do sítio cirúrgico.
Por Monick Leandra Simões Machado – Enfermeira da SCIH