Você sabe o que é o Código Azul? Nos hospitais, esse protocolo tem o objetivo de prestar atendimento imediato aos pacientes com suspeita de parada cardiorrespiratória (PCR), que é a interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e/ou da respiração. O Código Azul visa tornar mais rápido e organizado o atendimento prestado, aumentando assim as chances de sucesso nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), possibilitando melhorar a sobrevida e os danos ao cliente. Além disso,reduz o estresse e o desgaste dos profissionais encarregados desta função.
Segundo a Coordenadora da Gestão da Clínica e idealizadora do Código Azul, Enfermeira Luyara Aparecida Aprigio, o protocolo foi elaborado no segundo semestre de 2017 e implementado no segundo semestre de 2018, tendo a aprovação das médicas coordenadoras da emergências, da diretoria técnica, da Responsável Técnica da Enfermagem e da Coordenação do SCIH:
“Esse prazo foi crucial para a aquisição de recursos necessários para padronização dos carrinhos de emergência dos setores elegíveis para o protocolo, organização de treinamentos teóricos e práticos, os quais passaram por treinamento todos os colaboradores da instituição, pois na etapa de acionamento do código azul, todos os colaboradores (independente da área de atuação e após terem sido treinados) poderão acionar o código através do ramal específico”, completou.
Os treinamentos para os setores administrativos e de apoio tiveram duração de 30 minutos para o entendimento da metodologia do protocolo e o papel de cada profissional envolvido, e, para os colaboradores da enfermagem, 2h30. Estes colaboradores tiveram treimanentos enfatizando desde a detecção da PCR, acionamento da equipe e início imediato das compressões torácicas de forma teórica e prática, baseados na cadeia de sobrevivência da PCR intra hospitalar, conforme diretrizes da American Heart Association (AHA).
Resultados efetivos
Segundo Luyara, o Código Azul já apresenta resultados efetivos, não só com pacientes, mas também entre pessoas circulantes. Um visitante da instituição apresentou mal-súbito em fevereiro deste ano:
“Este visitante teve mal-súbito na instituição e foi prontamente atendido pela equipe de enfermagem que acionou o Código Azul conforme as diretrizes institucionais (paciente com padrão respiratório ineficaz). O visitante tornou-se paciente e recebeu os cuidados necessários para seu atendimento imediato. Ele foi transportado para emergência, estabilizado e diagnosticado com rebaixamento do nível de consciência causada por uma crise convulsiva. Este quadro o levou a uma broncoaspiração e, consequentemente a pneumonia aspirativa, choque séptico e insuficiência respiratória aguda. Após receber todo o tratamento adequado, foi transferido ao CTI, onde ficou internado, e recebeu alta dias depois, estando estável e lúcido”.