Diversos estudos têm demonstrado que o Coronavírus pode afetar severamente pessoas que possuem problemas cardiovasculares. A maioria dos casos confirmados de COVID-19 e das mortes pela doença ocorre em portadores de hipertensão, insuficiência cardíaca, arritmias, doença coronariana, o que já os tornam mais suscetíveis a terem complicações cardíacas.
O médico cardiologista do Corpo Clínico do Hospital Ibiapaba CEBAMS, de Barbacena, Giancarlo Rabelo, explica que do grupo de risco do Coronavírus, as pessoas portadoras de doenças cardiovasculares possuem o maior risco. De cada 10 pacientes que evoluem de forma grave com o COVID, quatro possuem doenças cardiovasculares preexistentes.
“Isso acontece porque o vírus causa instabilidade nas placas coronarianas. Então o paciente que possui doença nas coronárias acaba evoluindo com um quadro de angina aguda (ou infarto do miocárdio) e ele também deprime a função do coração. Com isso, o paciente que tem insuficiência cardíaca, e compensada com a medicação habitual, pode apresentar quadro de descompensação aguda, com insuficiência aguda, chegando a choque cardiogênico, podendo levar a óbito”, disse o cardiologista.
Prevenção é palavra de ordem
Com este risco, é muito importante que pessoas com problemas cardiovasculares mantenham práticas de prevenção. De acordo com o Dr. Giancarlo, o paciente cardiopata é o que mais precisa se prevenir contra o Coronavírus. Ele também indica algumas dicas de prevenção:
“O paciente cardiopata precisa estar atento às recomendações de isolamento social e mantê-las. Ele também deve manter as medidas de higiene e as atividades físicas (algumas são possíveis de serem feitas dentro de casa e ajudam na parte cardíaca). Além disso, o paciente precisa manter a medicação. A interrupção dos medicamentos só pode ser feita com orientação expressa do médico. Outro cuidado é que este paciente precisa tomar vacina contra a gripe”.
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